quinta-feira, setembro 24, 2009

Odeio

Fase: Nova... não estou.
Música: Meredith Brooks "Bitch"
Frase: "So take me as I am, this may mean you'll have to be a stronger man"
Odeio chorar compulsivamente com pena de mim própria… Odeio chorar sozinha, olhar à volta e estar isso mesmo: sozinha. Odeio que as minhas lágrimas sequem, que venha o sorriso e que ninguém se pergunte o que houve antes do sorriso. Odeio que achem que não sofro e que ultrapasso todos os problemas. Odeio que me considerem independente. Odeio que digam que sou uma fortaleza. Odeio ter coragem de ter passado pelo que passei. Odeio que todos pensem que isso significa que vou passar por muito mais sem me queixar. Odeio fazer tudo para agradar e, no final, só restarem defeitos. Odeio amar demais. Odeio odiar de menos. Odeio não me conseguir desligar. Odeio não ser indiferente. Odeio não me sentir protegida. Odeio que ninguém se lembre que sou uma mulher como as outras. Odeio que ninguém ache que preciso de ser protegida. Odeio ser como sou. Odeio não conseguir ser diferente. Odeio chorar compulsivamente com pena de mim própria… Odeio não conseguir parar…

segunda-feira, setembro 07, 2009

Gosto de ti!

Fase: Minguante
Música: Sarah McLachlan "Angel"
Frase: "Let me be empty and weightless and maybe I'll find some peace tonight"
Escrevo algum tempo depois de nos teres deixado, porque andei a organizar os pensamentos, o que seria de nós agora que não estás presente. És a minha primeira grande ausência sentida e não estava preparada para te perder neste momento e muito menos desta forma... Acho que nunca estaremos, não é?
Tia São… Ainda tenho o teu número na minha lista telefónica e custa-me pensar que, do outro lado, já não estarás para me receberes. «Andreinha»… ainda ouço a tua voz… «Menina Lua», dizias. Já não me sinto menina, São, não depois de ter que crescer depressa e ver partir a pessoa que esteve lá desde sempre.
Ensinaste-me a dizer «gosto de ti» todos os dias e a não esperar que as pessoas o soubessem de antemão… Entre nós, assim, não ficou nada por dizer. «Gosto de ti», repetíamos. Jamais me esquecerei de ti, jamais esquecerei a forma como me olhavas e repetias como eu era bonita. Agora ninguém tocará três vezes à minha porta, naquele código que anunciava a amizade que não precisa ser questionada.
Obrigada por já fazeres parte de mim, pois assim jamais te perderei.
Até um dia, tia São!...